02 julho 2005

Deu no New York Times...

Aí, pessoal! Olha só essa notícia:

New York Times

1 de julho de 2005

Cientistas Britânicos dizem aque o Dióxido de Carbono está tornando os Oceanos ácidos

Por KENNETH CHANG

Contribua ou não para o aquecimento global, o dióxido de carbono está tornando os oceanos ácidos, avisou ontem a principal organização científica da Inglaterra.

Em um relatório feito por um painel de cientistas, a organização, a Royal Society, disse que a acidez crescente provavelmente causará danos aos recifes de coral e outras formas de vida marinha, lá pelo fim do século.

"Eu acho que existem várias questões sérias a serem abordadas", disse em uma entrevista o Dr. John Raven da Universidade de Dundee, na Escócia. "Isto vai afetar todos os organismos que têm esqueletos, conchas e tecidos rígidos feitos de carbonato de cálcio". [nota do tradutor: "Raven", em inglês, quer dizer "Corvo" — será que eles não tinham outro porta-voz?...]

O relatório, com 60 páginas, foi agendado para influenciar a Conferência de Cúpula do G-8, na próxima semana. O Primeiro Ministro Britânico, Tony Blair, presidente do Grupo este ano, tem advogado ações enérgicas para limitar as alterações do clima global.

Diferentemente das previsões de aquecimento global, que são baseadas em modelos computadorizados, complexos e incompletos, a química do dióxido de carbono é simples e direta.

A queima de combustíveis fósseis por automóveis e usinas elétricas libera mais de 25 bilhões de toneladas de dióxido de carbono na atmosfera, a cada ano. Aproximadamente, um terço disso é absorvido pelos oceanos, onde o gás passa por reações químicas que produzem ácido carbônico, que é corrosivo para as conchas.

"Isso é indicutível", disse o Dr. Raven. "Eu não acredito que ninguém possa se esquivar disso. Trata-se de química de segundo grau, sólida como rocha".

A escala de pH, que mede a concentração de hidrogênio, vai de 1, o grau mais ácido e com a maior concentração de íons, até 14, o grau mais alcalino, quase sem íons. As águas dos oceanos são, atualmente, meio alcalinas, com um pH de 8,1, cerca de 0,1 a menos do que no começo da Revolução Industrial de dois séculos atrás.

Porém, tal como a escala de magnitude de terremotos, uma unidade na escala de pH reflete uma mudança de fator 10 [nota do tradutor: tal como a Escala Richter, que mede os terremotos, a escala de pH é logarítmica]. A mudança de 0,1 pH significa que atualmente existem 30% mais íons de Hidrogênio na água.

Dependendo da taxa da queima de combustíveis fósseis, o pH da água dos oceanos deve cair para algo entre, 7.9 e 7,7, até 2100, o que, segundo a Royal Society é a taxa mais baixa nos últimos 420.000 anos.

O Dr. Patrick J. Michaels, membro sênior em estudos ambientais no Instituto Cato, o grupo libertário de pesquisas com base em Washington e que é cético quanto a se o aquecimento global pode causar sérios danos ambientais, apontou para o fato de que os níveis de dióxido de carbono na atmosfera têm sido mais altos por 90 dos últimos 100 milhões de anos.

Mas o Dr. Ken Caldeira, um cientista pesquisador do Departamento de Ecologia Global do Carnegie Institute, de Stanford, Califórnia, e um dos membros do painel da Royal Society, disse que a diferença estava em que a corrente emissão de dióxido de carbono estava ocorrendo rapidamente, por apenas dois séculos. No passado, as águas das profundezas do oceano teriam tempo para se misturarem, diluindo o efeito do dióxido de carbono. "Se pusermos o mesmo ao longo de algumas centenas de milhares de anos, não teríamos com o que nos preocupar", disse ele.

A mudança no pH ameaça diminuir a taxa de crescimento dos recifes de coral, que já sofrem com as temperaturas mais altas e a poluição, diz o relatório.

"Já na metade do século, por volta de 2050, nós provavelmente poderemos observar falhas notáveis nos recifes de coral", disse o Dr. Raven. "Qualquer enfraquecimento de seu esqueleto os tornará mais suscetíveis a eventos de tempestades".

Os cientistas dizem, ainda, que a acidez aumentada pode, também, reduzir as populações de plânctons com conchas de carbonato de cálcio, perturbando seriamente a cadeia alimentar de certas espécies de peixes.


É o que certos "cientistas" (como os tais do Instituto Cato) chamam de Junk Science...

Quando a nova era glacial chegar, eles vão por a culpa nos políticos, nos crioulos, nos judeus, nos macumbeiros, na falta de verbas para pesquisa, ou vão, com o financiamento da Templeton Foundation "provar" que isso é uma "obra de Deus, para punir a humanidade pecadora"...

Ou vocês achavam que, entre os cientistas, não havia "Jeffersons" e "Delúbios"?...

Um comentário:

Anônimo disse...

Ê laiá!!!
Lá vem a aula de química depois de 13 anos...rs... Eu só espero não estar aqui pra ver o regresso causado pelo progresso... E espero q minha filha e netos não sofram muito com as consequências da ausência de "antídoto" pras consequências das inovações tecnológicas...
Beijos!