A PESAGEM DO RIO AMAZONAS foi conseguida através da medição da subida e descida da crosta terrestre com uma unidade de GPS (Global Positioning Service). ao longo de vários anos, à medida em que o Rio enche e vaza durante seus ciclos sazonais. O sistema GPS, através de sua rede de satélites e sinais cuidadosamente sincronizados, graças à extrema precisão de seus relógios atômicos, pode fornecr informações sobre o posicionamento na superfície da Terra com uma incerteza horizontal de cerca de 1 mm e uma incerteza vertical de cerca de 9 mm. Medições repetidas, feitas ao longo de vários anos, dão medições de deslocamentos para qualquer ponto com uma precisão de cerca de 1 mm/ano. Ao redor do vasto mundo, a movimentação típica para baixo ou para cima é, em média de 2 a 10 mm/ano. Mas em grandes áreas de drenagem tropicais, com grandes volumes de água comprimindo o talvegue de um rio e as áreas alagáveis, a oscilação pode ser maior. De fato, a amplitude entre os picos relatados, nesta medição em particular, chega a uma variação de 50 a 70 mm/ano. Quando o Rio está cheio, a terra afunda. Mais tarde, quando o nível do Rio baixa, a terra "desamassa". Os cientistas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituo Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) (ambos do Brasil), em conjunto com a Universidade Estadual de Ohio, da Universidade de Menphis e da Universidade do Hawaii (todos dos EUA), registraram o maior deslocamento em Manaus, AM. Um dos pesquisadores, Michael Bevis, da Universidade Estadual de Ohio, declarou sua surpresa com a magnitude da oscilação (Bevis et al., Geophisical Research Letters, de 15 de setembro de 2005)
Pode parecer um dado apenas curioso, mas essa grande oscilação na superfície da crosta terrestre provavelmente deve ter alguma influência sobre os movimentos das Placas Tectônicas da América do Sul, o que seria um dado a mais para a análise dos raríssimos movimentos sísmicos na Placa Continental Brasileira. E, em matéria de terremotos, já nos basta os produzidos em Brasília...
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