24 de julho, 2007 - 19h32 GMT (16h32 Brasília)
Grã-Bretanha orienta escolas sobre como colher digitais de alunos
As escolas britânicas estão recebendo um guia com diretrizes sobre como poderão usar e armazenar dados biométricos de alunos, tais como impressões digitais.
Atualmente, existem colégios britânicos que utilizam dados biométricos de estudantes para aferir comparecimento, permitir que alunos paguem por refeições e pegar livros emprestados das bibliotecas escolares.
Críticos da medida afirmam que armazenar impressões digitais de alunos é algo que fere a privacidade de crianças e levantaram dúvidas sobre a possível legalidade dessa prática.
Eles também protestaram contra o fato de que a coleta de dados biométricos não dependerá da aprovação de pais das crianças.
Dados temporários
O governo refuta as críticas, afirmando que a coleta de dados biométricos é feita de forma a não expor os estudantes e acrescenta que os dados precisam ser destruídos pelos colégios assim que os estudantes abandonam a instituição.
Segundo a Becta, a agência responsável pelo setor de educação na Grã-Bretanha, o consentimento dos pais não é compulsório, mas a entidade aconselhou as escolas a envolver o maior número possível de pais e alunos em suas decisões de usar dados biométricos.
''Essas informações não podem ser compartilhadas com terceiros e têm de ser eliminadas no caso de um estudante deixar a escola'', afirmou o ministro da Educação britânico, Jim Knight.
Os sistemas biométricos nos colégios britânicos funcionam de forma que não seja possível ver a imagem propriamente dita da impressão digital do aluno.
De acordo com a Becta, o sistema funciona da seguinte forma: quando as crianças colocam a sua impressão digital em um aparelho capaz de registrá-la, o equipamento gera um valor numérico.
Cada vez que for lida a impressão digital do estudante, um novo valor numérico é gerado. Ele é comparado com outros números armazenados, dessa forma é possível estabelecer a identidade do autor da impressão digital entre os vários alunos e os números correspondentes a eles.
Antidiscriminatório
A agência afirma também que o sistema pode ser positivo para os alunos que almoçam no colégio, especialmente para os mais pobres, que não podem pagar por suas refeições, e que contam com isenções.
Graças à leitura biométrica, diz a Becta, esses estudantes não podem ser identificados por seus colegas e, dessa forma, não estão sujeitos a ser discriminados devido à sua condição social.
O órgão comenta ainda que graças ao sistema, os alunos não têm de trazer carteiras ou dinheiro para a cantina, portanto não estão sujeitos a perder cartões automáticos e nem estão sujeito a roubo por parte de outros colegas.
Outra precaução, segundo o guia fornecido pela agência governamental, é a necessidade de firmar que cada colégio é um ''controlador de dados'', ou seja precisa prestar contas do porquê de estar armazenando a informação e assegurar que a coleta desses dados está sendo feita dentro da lei e não será mantida além do prazo necessário.***************************************************
E a Scotland Yard também é absolutamente confiável e jamais assassinou um inocente...
Nenhum comentário:
Postar um comentário