17 julho 2007

Physics News Update nº 832

O Boletim de Notícias da Física do Instituto Americano de Física, número 832, de 12 de julho de 2007 por Phillip F. Schewe e Ben Stein. PHYSICS NEWS UPDATE

SEPARAÇÃO ESPONTÂNEA DE GRÃOS CARREGADOS.
Uma experiência da Rutgers mostra como duas populações de grãos de areia misturados e mantidos em uma caçamba, vão se separar quando agitados em um tubo de ensaio, se separam espontaneamente, tudo por causa das interações elétricas estáticas.
Este fenômeno, o oposto à mistura, pode ter empregos práticos na indústria de pós. No recente relatório, os dois tipos de grãos de areia ("areia artística"), um colorido de azul e outro, de vermelho, são mecanicamente iguais, mas adquirem uma carga ligeiramente diferente (ver a série de figuras em aqui).
Através de um processo, ainda não bem compreendido, os grãos perdem alguns elétrons, devido a seu movimento de agitação ("triboeletricidade") na caçamba e se tornam positivamente carregados (o grau onde os grãos com cargas semelhantes se repelem, enquanto jazem próximos na caçamba, é visto no meio da seqüência de figuras, que mostra os grãos sendo ejetados da superfície a alturas de até 2 metros).
Em um ponto da experiência, os grãos vermelhos e azuis se separam ao cair da plataforma da caçamba. Abaixo, eles caem nas proximidades de um gerador van der Graaf, que também é positivamente carregado.
Troy Shinbrot e seus colegas na Rutgers ficaram algo intrigados quando perceberam que os grãos azuis, mais positivamente carregados, caiam perto do gerador; não deveria a repulsão ter mandado eles para ainda mais longe?
Na verdade, Shinbrot pediu a seu estudante graduado que repetisse o teste várias vezes para tentar corrigir este aparente erro, antes de descobrir a explicação: uma camada de grãos positivamente carregados tinha-se formado imediatamente abaixo da borda da plataforma. A repulsão estática da borda, ainda que pequena, predominou sobre a repulsão causada pelo gerador, porque a camada estava muito mais próxima dos grãos, a medida em que eles caiam da borda na pilha abaixo.
Este efeito não é diferente da atração estática entre gotas de leite que caem de um copo de vidro; as gotículas, embora sejam eletricamente neutras, consistem de moléculas polares (na maior parte, água) que são atraídas pela borda do copo, fazendo com que o leite escorra pela borda do copo, em vez de despejarem normalmente (Mehrotra et al., Physical Review Letters, artigo em publicação; jornalistas podem obter o texto em aqui; aqui o website do laboratório)

ESCALA DE AVALIAÇÃO DE EVENTOS NUCLEARES.
Tal como os furacões são classificados por sua severidade e os terremotos têm sua Escala Richter, a Agência Internacional de Energia Atômica (International Atomic Energy Agency = IAEA) comunica o grau de segurança de eventos nucleares com um protocolo numérico consistente. Não amplamente conhecido fora da comunidade nuclear, a Escala Internacional de Eventos Nucleares (International Nuclear Event Scale = INES) é o mecanismo usado para classificar e relatar os eventos ao mundo inteiro. Cynthia Jones, a representante dos EUA no Comitê Consultivo do INES e que é também uma consultora sênior na Comissão Regulatória Nuclear (Nuclear Regulatory Commission = NRC), relatou, no encontro anual da Sociedade de Física de Saúde (Health Physics Society, em Portland, Oregon), sobre o uso da escala e como ela é usada para relatar os eventos nucleares, relativos a coisas tais como transporte de material radioativo e exposição à radiação (Para ver a tabela: website do INES)
Mais de 60 países concordaram em relatar eventos nucleares à IAEA, a maior parte dentro de 48 horas.
Aqui está a designação média: Um evento de escala 1 é chamado de "anomalia"; 2 é um incidente (onde, por exemplo, um trabalhador fica exposto a uma radiação além do limite estabelecido); 3 é um incidente sério; 4 corresponde a um acidente com conseqüências principalmente locais; 5 é um acidente com conseqüências maiores; 6, um acidente sério; e 7, a maior classificação, para acidentes de grande gravidade. Nesta escala, o acidente de Chernobyl (1986) é um 7, enquanto o acidente de Three Mile Island (1979) é um 5. Jones diz que os EUA são um dos países onde a divulgação de eventos é mais rápida. (Para informações adicinais, ver website do IAEA; publicação MPM-C.3, (em formato PDF))

*********************

PHYSICS NEWS UPDATE é um resumo de notícias sobre física que aparecem em convenções de física, publicações de física e outras fontes de notícias. É fornecida de graça, como um meio de disseminar informações acerca da física e dos físicos. Por isso, sinta-se à vontade para publicá-la, se quiser, onde outros possam ler, desde que conceda o crédito ao AIP (American Institute of Physics = Instituto Americano de Física). O boletim Physics News Update é publicado, mais ou menos, uma vez por semana.

**************

Como divulgado no numero anterior, este boletim é traduzido por um curioso, com um domínio apenas razoável de inglês e menos ainda de física. Correções são bem-vindas.


Nenhum comentário: