Association for Psychological Science
Foi mal!... Porque sentimos culpa em primeiro lugar
A Culpa tem um papel essencial no estabelecimento do comportamento social. A sensação preocupada em nossas entranhas freqüentemente serve como o ímpeto que nos leva a procurar a redenção. No entanto, os psicólogos têm problemas em concordar sobre a função desta emoção complexa.
Em um novo estudo, a ser publicado na edição de junho da Psychological Science, publicada pela Association for Psychological Science, o psicólogo da Universidade de New York, David M. Amodio, e seus colegas, Patricia G. Devine e Eddie Harmon-Jones, tentam combinar os dois campos. Os pesquisadores acreditam que a culpa é, inicialmente, associada à motivação supressora, que, então, se transforma em motivação aproximativa, quando se apresenta uma oportunidade para a reparação. Além disto, os pesquisadores visaram testar estas questões acerca da função da culpa no contexto da redução do preconceito racial.
Para testar sua teoria, os pesquisadores mostraram aos participantes figuras com fisionomias Brancas, Negras, ou Asiáticas, enquanto monitoravam sua atividade cerebral com um EEG. Aí, os pesquisadores mostravam "resultados" aleatórios aos participantes, dizendo se eles tinham respondido positiva ou negativamente às figuras de brancos, negros e asiáticos.
Após receber um resultado que indicava que eles tinham respondido negativamente às fisionomias dos negros, os pesquisados relatavam sentimentos ampliados de culpa, ansiedade e tristeza. O aumento da culpa foi maior do que a modificação de qualquer outra emoção. Seus relatos eram confirmados pelo EEG, que mostrava uma significativa redução na assimetria frontal esquerda, após o resultado. Grande parte da literatura indica que a assimetria frontal esquerda corresponde à motivação aproximativa. Portanto, neste caso, os participantes estavam, inicialmente, sentindo os efeitos punitivos da culpa, ou motivação supressora.
Os participantes, então, completavam outro estudo, no qual eles liam uma série de manchetes de revistas. Interpoladas a outras manchetes, incluídas para "encher linguiça", havia três manchetes cujo título se relacionava com a redução do preconceito racial (“Melhorando suas relações inter-raciais”. "10 maneiras de reduzir o preconceito racial na vida quotidiana,” e “Meios para eliminar seu próprio racismo no novo milênio"). Os participantes a quem tinham contado que tinham respondido negativamente às fisionomias de negros, revelaram uma grande mudança para o lado esquerdo em sua atividade cortical frontal, enquanto liam os títulos referentes à redução de preconceito racial, indicando uma motivação aproximativa.
Ou seja, quando se dava aos indivíduos uma oportunidade para a reparação, seus sentimentos de culpa pode predizer seu interesse em comportamento redutor do preconceito. Anteriormente, as emoções eram consideradas como estados emocionais relativamente imutáveis, básicos. A pesquisa de Amodio apresenta uma nova idéia de que as emoções servem uma dinâmica de funções motivacionais para o estabelecimento do comportamento. Estas descobertas também sugerem que, embora seja um sentimento incômodo, a culpa tem um papel crítico na promoção de mudanças pró-sociais no comportamento, e o estudo de Amodio demonstra este efeito no contexto da redução do preconceito racial.
Um comentário:
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