06 agosto 2008

Vivendo e aprendendo...

Esse incidente com a tradução do artigo do Wilkins me abriu os olhos para muitas coisas. Eu costumo pegar o texto original, copiar, colar aqui no editor do Blogger e ir traduzindo "ao correr da pena".

Várias vezes eu mudo para a aba "Editar HTML" para trocar uma fonte, mudar a apresentação de um link, e coisinhas bobas assim... Mas, a idéia principal é me manter o mais próximo do texto original quanto possível, para ficar bem claro que o texto não é meu...

Burrice!...

Depois do incidente com o Wilkins, eu, imediatamente, mandei um email para a responsável pelas autorizações do The Guardian, por conta do "Petróleo Extraído de Algas", argumentando que eu achava mais honesto traduzir "verbis" um texto, colocando um link para o original (dando, portanto, o justo crédito ao autor e ao editor), do que reescrever o texto com minhas próprias palavras (tipo: "o autor diz que"), copiando aqui e ali um excerto na base do "blockquote". E acrescentava que, se fosse pedir permissão a cada tradução, quando e se essa permissão fosse recebida, o assunto estaria com jeito de café de anteontem... Nesse mail, eu mandei o link para o Blog e meu perfil de Blogger.

Estou esperando resposta até agora... Só falta eles me ameaçarem de processo, também...

Então, gente, eu vou deixar de ser "honesto"... Vou passar a fazer exatamente o que eu disse: vou colocar o link para o artigo original e reescrever o texto. Uma parte ou outra que eu julgar relevante, dou um "blockquote".

Afinal, fazer citações não é proibido... Nem excertos, quando se identifica a fonte.

Só vou continuar traduzindo fontes como o Physics News Update e EurekAlert que só pedem a identificação da fonte. O resto, vai continuar sendo traduzido, mas do meu jeito (a Silvia tinha me repreendido porque achou minha tradução do Wilkins muito "literal"...)

Pois é, Silvia! Você estava coberta de razão!... Eu não recebo um tostão furado para fazer divulgação dos editores e autores dos originais, nem pelo serviço de tradução (e olha que eu já vivi disso...) e ainda recebo ameaças!...

Pois agora vai ser do meu jeito!

3 comentários:

Charles Morphy D. Santos disse...

Caro João,
Essa "Wilkins situation" foi muito chata, por conta da postura um tanto esquizofrênica do sujeito. A meu ver, não há nada de errado em citar alguns trechos e fazer "traduções" não-literais de artigos. Além disso, o termo tradução não é muito correto, uma vez que o que é feito é uma recriação do texto original em outra língua...

João Carlos disse...

O problema é exatamente este, Charles. Eu procurava ser, sempre, o mais fiel possível ao original (inclusive quando eu achava que a construção de frases, no original, não era das mais felizes - eu consigo raciocinar em inglês e, com um pouco mais de esforço, em francês). E sempre tem aquela coisa de traduttore, traditore...

Eu sempre procurei "trair" o menos que podia. O caso é que eu não me considero um mau redator em português (um bocado pedante, é certo...) Então, não me custa nada recriar inteiramente o original em português e ninguém vai poder me acusar de "violação de copyright"... no máximo, de plágio... mas, como eu não tenho qualquer interesse comercial nisso, que se dane!...

Maria Guimarães disse...

joão carlos, também tenho grande apreço pelo ofício de tradutor. mas também acho que a divulgação com as próprias palavas pode ser fiel e interessante. tem a vantagem de nos dar a liberdade de acrescentar algo ao original. ou tirar.
profissionalmente, faço as duas coisas. por prazer em geral prefiro escrever do meu jeito.
você aqui presta um serviço importante: faz do jeito que bem entender!